Com Natália Aurora dos Santos

Lidar com o que é público é uma grande responsabilidade. Contudo, planejar, adquirir e administrar equipamentos para cuidar da saúde pública é uma responsabilidade maior ainda, afinal são aparelhos caríssimos que tratam e diagnosticam os cidadãos todos os dias. Para a ex-aluna de Engenharia Biomédica, Natália Aurora do Santos, esse é seu ofício e exige muita dedicação, estudo e resiliência.

Hoje, na Secretaria de Estado da Saúde de Goiás, a engenheira ocupa o cargo de Subcoordenadora de Engenharia Clínica, mas para chegar lá não foi assim um pulinho. Formada na turma de dezembro de 2015, Natália foi uma dedicada aluna em seus anos de faculdade, nos quais ainda encontrou tempo para ser voluntária no projeto Cas@Viva, de alfabetização tecnológica do Inatel para inclusão social de estudantes do ensino fundamental e médio, de Santa Rita do Sapucaí.

Durante a graduação, a engenheira deu os primeiros passos profissionais que a levaram à posição pública de destaque, como estagiária de engenharia clínica na ForMedical Produtos. Conciliar os últimos períodos da faculdade com o estágio é comum para os alunos do Inatel e Natália aproveitou bem essas oportunidades para adquirir o máximo de experiência e referência, por isso também esteve presente na implantação do Departamento de Engenharia Clínica no Hospital Frei Caetano e Maternidade Santa Tereza, tudo isso enquanto ainda estagiava...

Chegou ao que é considerado o maior polo privado de saúde da América Latina, a Beneficência Portuguesa. Mas enquanto a carreira deslanchava, a ex-aluna continuava firme nos estudos, se especializou em Engenharia Clínica também pelo Inatel e, não contente, tornou-se Mestre em Inovação Tecnológica pela Universidade Federal de São Paulo.
Durante a quadragésima FETIN, a Feira Tecnológica do Inatel, Natália voltou às raízes inatelinas para compartilhar como é o trabalho do engenheiro clínico no setor público e foi uma verdadeira aula de gestão de equipamentos a serviço da saúde. Ainda mais em se tratando de um país onde a saúde é sempre uma pauta delicada, em que monitorar a compra e funcionamento da tecnologia para que realmente atenda a quem precisa, é um trabalho contínuo e exigente.
Quando se faz a liberação do investimento para a Organização Social de Saúde, e aí, quem monitora isso? Não existe um olhar para isso ainda, então a engenharia clínica tem essa missão também, de acompanhar a vida útil do equipamento. Fechar a entrega da aquisição desde a nota fiscal e durante o período de tratamento, para ter certeza que está tendo manutenções preventivas e corretivas e, no final da vida, se aquele equipamento foi descartado corretamente. Estima-se que a tecnologia dure em média 10 anos, quando a gente fala de órgão público, as vezes isso acaba se estendendo um pouco mais.
Na Secretaria de Saúde goiana, Natália primeiro atuou de forma técnica como Engenheira Clínica, mas sua visão e formação abrangente foram fundamentais para levá-la ao cargo administrativo como Subcoordenadora.
Natália Aurora dos Santos
Natália Aurora dos SantosEngenheira Biomédica