Equipamentos cada vez mais avançados auxiliam no monitoramento em tempo real

A tecnologia possibilitou que as informações sobre a previsão do tempo sejam obtidas de maneira rápida e precisa. Por meio da internet e dos sistemas de geolocalização, não é mais preciso aguardar o noticiário na televisão ou no rádio para saber como vai ficar o clima onde você está. A informação é obtida de maneira instantânea e, com o apoio da internet, podem ser atualizadas de maneira rápida.
Os satélites se tornaram, ao longo das últimas décadas, ferramentas essenciais no mapeamento do clima e também no monitoramento de áreas afetadas por problemas climáticos. É possível analisar a formação de nuvens, tempestades de raios, precipitação, temperatura e até problemas como queimadas e poluição por meio desses instrumentos que orbitam a Terra.
No Brasil, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais é o principal responsável por acompanhar a situação das queimadas que afetam a Floresta Amazônica. As informações são utilizadas pelos pesquisadores que emitem relatórios sobre o quanto da floresta é prejudicada com ações humanas ou mudanças climáticas.
É devido ao monitoramento por satélite que se é possível avaliar, de maneira atualizada, a situação do aquecimento global no mundo. O aumento na temperatura média do planeta e o derretimento das calotas polares são observados com precisão por conta da tecnologia.
Mesmo que os satélites já sejam conhecidos e bastante eficientes no monitoramento do clima, eles ganharam importante apoio com o surgimento de novas tecnologias ao longo dos últimos anos. E a internet foi uma grande contribuição.

Primeiro satélite projetado no Brasil

Em 2020, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais anunciou ter construído um satélite de 640 quilos e 2,5 metros de altura. O protótipo é resultado de 12 anos de pesquisa e foi desenvolvido por engenheiros e cientistas brasileiros. O investimento foi em torno de R$ 300 milhões.
O satélite, que recebeu o nome de Amazônia-1, foi lançado em órbita em 28 de fevereiro de 2021. A uma altura de 752 quilômetros, ele ajuda o instituto fornecendo dados de sensoriamento remoto para observar e monitorar o desmatamento na região amazônica. O equipamento é o primeiro satélite de Observação da Terra completamente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil.
Satélite INPE
INPE

A internet na meteorologia

Por meio da internet, as informações climáticas passaram a ser difundidas para um público maior. É possível, até mesmo, acompanhar ao vivo a situação do clima por meio de câmeras instaladas em diversas cidades. As filmagens podem ser salvas e utilizadas como arquivo para avaliar algum evento climático importante.
A internet também tornou a obtenção de informações sobre a meteorologia mais fácil. Antes, era preciso consultar o noticiário ou veículos especializados para se informar sobre a previsão do tempo. Hoje, qualquer pessoa pode saber a projeção do clima com antecedência, ter acesso ao horário do nascer e pôr-do-sol e a relatórios sobre eventos climáticos antigos.

Sistema de monitoramento

Por meio da internet, também é possível emitir alertas sobre riscos de desmoronamento ou temporais em áreas onde esses eventos são comuns. No Brasil, a Defesa Civil e o Instituto Nacional de Meteorologia, por meio do Centro Virtual para Avisos de Eventos Meteorológicos Severos, conseguem emitir avisos para pessoas que vivem em pontos onde os eventos climáticos podem causar danos.
Os sistemas de monitoramento conseguem enviar, com agilidade, informações para órgãos de prevenção de desastres e até orientações para os celulares de moradores de áreas de risco. As informações apontam a possibilidade do problema, período do alerta e até canais de comunicação para apoio.
No Brasil, os alertas têm sido fundamentais para ajudar moradores de áreas com risco de desmoronamento por conta da chuva. Por outro lado, a falta de planejamento urbano e assistência têm sido um problema para abrigar quem vive em áreas onde há grandes chances de desastres. Mesmo assim, os alertas têm sido importantes para manter a população informada.

Estações meteorológicas

Outro modelo importante para o monitoramento do clima são as estações meteorológicas. Os equipamentos são compostos com diversos sensores que registram as variáveis atmosféricas, como pressão, temperatura, umidade, precipitação, radiação solar e direção e velocidade do vento.
Existem dois tipos de estações meteorológicas: as convencionais e automáticas. As estações convencionais são compostas por equipamentos mecânicos resistentes ao tempo e não têm alto custo de manutenção. Já as automáticas contam com sensores eletrônicos e têm alta confiabilidade, mas exigem constante manutenção e calibração.
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No Brasil, o Instituto Nacional de Meteorologia gerencia mais de 400 estações. É por meio delas que se é possível detalhar as condições climáticas de determinadas regiões do país. As estações servem ainda como grandes aliadas dos agricultores, que podem acompanhar os relatórios climáticos e avaliar as condições do tempo para plantio.
Nos últimos anos, o avanço tecnológico foi essencial para que o monitoramento do clima se tornasse assertivo. Por meio de ferramentas cada vez mais avançadas e interligadas por meio da internet, é possível realizar diagnósticos e compreender as mudanças climáticas.
Bruno de OliveiraJornalista
Assessoria de Comunicação e Marketing do Inatel