A nova tecnologia poderá modificar a maneira como o mundo se relaciona
Segundo o professor do Inatel, Antônio Marcos Alberti, o termo metaverso surgiu pela primeira vez no livro Snow Crash, escrito em 1992 por Neal Stephenson. A ficção científica apresentava uma ideia de realidade virtual construída por computador em que as pessoas podiam conviver em comunidades, ter relacionamentos, realizar troca de informações e gerir uma economia virtual.
Nos últimos meses, um novo conceito tem ganhado força na internet: o metaverso. A possibilidade de gerenciar eventos, situações cotidianas e até transações econômicas em um mundo virtual por meio da internet tem chamado a atenção de especialistas e do público em geral. Mas o que de fato é o metaverso e como ele poderá modificar a vida das pessoas?
Posteriormente, nos anos 2000, o jogo Second Life apresentou uma realidade próxima a qual o metaverso deverá proporcionar. De forma mais recente, o jogo Roblox, voltado para o público infantil, mostrou como a construção de ambientes virtuais pode ser mais fácil do que se pode deduzir.
Por meio do metaverso, as pessoas poderão utilizar avatares para ter uma vida social e até adquirir bens em uma realidade na internet. Em outubro de 2021, o CEO da Facebook, Mark Zuckerberg, decidiu alterar o nome da empresa onde é presidente para Meta. O nome tem como objetivo alinhar as redes sociais a uma nova realidade que contará com o apoio do metaverso.
A empresa de tecnologia de Zuckerberg investiu mais de R$ 770 milhões e contratou mais de 10 mil profissionais para a criação do ambiente virtual que irá abrigar o metaverso da Facebook. Mesmo que a realidade virtual pareça distante, 49% das pessoas estão dispostas ou muito dispostas a interagir com o metaverso, e 54% afirmam que querem conhecer o novo ambiente, mesmo sem saber se irão querer utilizá-lo, segundo números da FleishmanHillard Brasil. A pesquisa mostra ainda que, no Brasil, cerca de 5 milhões de pessoas já transitam por alguma versão do metaverso.
O metaverso será responsável por movimentar mais de R$ 4 trilhões até 2024, segundo números divulgados pela Bloomberg Intelligence. Diversas empresas estão investindo no segmento que deverá revolucionar a maneira como utilizamos a internet. E a realidade virtual e a realidade aumentada são o que caracterizam essa revolução na internet.
Durante a pandemia de covid-19, a necessidade de se adaptar eventos para uma realidade à distância se mostrou evidente, e a realidade virtual é um modelo que pode encurtar essas distâncias. Outro exemplo de como o metaverso poderá ser aplicado na prática é a participação em aulas e eventos, que não precisarão da presença física.
O modelo do metaverso, mesmo com um grande investimento, poderá economizar recursos na organização de espaços físicos e até no transporte de pessoas, diante do problema do trânsito com o aumento de veículos nas ruas. Mesmo que seja uma tecnologia dependente da internet, o avanço do sinal 5G e a melhoria nas conexões de rede poderão garantir uma boa experiência online.
Por fim, profissionais que invistam na área serão cada vez mais requisitados para atuar no metaverso. Para o futuro, poderão surgir profissionais que atuem como desenvolvedores de ecossistemas, especialistas em cibersegurança, storyteller para o metaverso e até advogados em contratos inteligentes. As áreas parecem distantes da necessidade do mercado para hoje, mas poderão se tornar importantes para o funcionamento do ambiente virtual para onde a internet ganhará espaço para o público.
As empresas parceiras e as iniciativas de apoio são um excelente caminho para exercer o aprendizado na prática durante a graduação. Cabe ao aluno procurar se informar, por meio do setor responsável, de iniciativas que fomentem o estágio dentro do processo de aprendizado.